07 de Maio de 2019

Dengue mata: saiba o que fazer para combater o mosquito Aedes Aegypti

De acordo com dados da Agência Brasil, do Ministério da Saúde (MS), até o dia 16 de março de 2019 ocorreram 62 mortes no país, o que corresponde a cinco mortes por semana.

“Precisamos alertar a população porque a dengue mata. É uma doença perigosa e as pessoas precisam ter cuidado, não podem se acomodar, os cuidados têm que ser permanentes, principalmente agora com o período de chuvas e aqui em Sergipe já tivemos uma morte. Então o nosso foco é, através da mídia, levar as orientações e chamar a atenção da população para esse perigo, para fazer chegar até a população, essas dicas e informações importantes”, ressaltou Mércia.

 

Principais sintomas da dengue

 

Ao perceber sintomas como febre alta, dor de cabeça, principalmente da região ocular, dores nas articulações e nos músculos, cansaço excessivo, vômito e enjoo, tonturas, dores fortes e prolongadas no abdômen, muita sede ou boca seca, procurar o Posto de Saúde ou o Hospital mais próximo e evitar a automedicação.

Os sinais para a dengue grave são: dor abdominal intensa e contínua ou dor à palpação do abdômen, vômitos persistentes e acumulação de líquidos – ascites, derrame pleural, derrame pericárdico -, sangramento de mucosa ou outra hemorragia, aumento progressivo do hematócrito (porcentagem de glóbulos vermelhos no sangue) e queda abrupta das plaquetas.

 

Dicas de combate

 

Água limpa e parada é o ambiente ideal para a reprodução do mosquito da dengue e a melhor maneira de combater a doença é evitando a reprodução do mosquito. Assim, cuidado com acúmulo de água em vasos de plantas, em pneus, garrafas e outros utensílios, prestar atenção nos ralos, limpar calhas, colocar telas em janelas, cuidado com piscinas, lagos caseiros e aquários, abrir portas e janelas quando o carro fumacê estiver passando, lavar recipientes que juntam água, paredes de lavanderias e tanques com sabão e usar repelente.

“Nós achamos que nunca vai acontecer com a gente, mas todo mundo tem um conhecido que já teve dengue. Os números estão aumentando e os casos de morte também, não podemos ignorar. Com o aumento de casos no nosso estado e no Brasil, todo cuidado é pouco”, reforçou Mércia.


A principal ação que a população tem é se informar, conscientizar e evitar água parada em qualquer local em que ela possa se acumular, em qualquer época do ano.

 

As principais medidas de prevenção e combate ao Aedes Aegypti são:

 

Manter bem tampado tonéis, caixas e barris de água;
Lavar semanalmente com água e sabão tanques utilizados para armazenar água;
Manter caixas d’agua bem fechadas;
Remover galhos e folhas de calhas;
Não deixar água acumulada sobre a laje;
Encher pratinhos de vasos com areia ate a borda ou lavá-los uma vez por semana;
Trocar água dos vasos e plantas aquáticas uma vez por semana;
Colocar lixos em sacos plásticos em lixeiras fechadas;
Fechar bem os sacos de lixo e não deixar ao alcance de animais;
Manter garrafas de vidro e latinhas de boca para baixo;
Acondicionar pneus em locais cobertos;
Fazer sempre manutenção de piscinas;
Tampar ralos;
Colocar areia nos cacos de vidro de muros ou cimento;
Não deixar água acumulada em folhas secas e tampinhas de garrafas;
Vasos sanitários externos devem ser tampados e verificados semanalmente;
Limpar sempre a bandeja do ar condicionado;
Lonas para cobrir materiais de construção devem estar sempre bem esticadas para não acumular água;
Catar sacos plásticos e lixo do quintal.
Cuidados na gestação devem ser diáros - contra o mosquito Aedes Aegypti
Cuidados com a saúde devem ser diários. No período da gravidez, essa atenção com a saúde deve ser redobrada, principalmente em relação ao mosquito da dengue (aegypti) e as doenças que ele pode transmitir (dengue, febre amarela, zika e chikungunya).

a gestante deve ser acompanhada em consultas de pré-natal;
realizar todos os exames recomendados pelo médico;
não consumir bebidas alcoólicas ou qualquer tipo de droga;
não usar medicamentos sem orientação médica.
Ultimamente, a preocupação com o mosquito Aedes aegypti, que transmite a dengue, a febre chikungunya e também o vírus Zika, aumentou. O Ministério da Saúde está investigando o nascimento de bebês com microcefalia relacionada ao vírus Zika. Por isso, alguns cuidados, que já devem fazer parte da rotina da população, precisam ser aumentados:

Adoção de medidas que eliminem a presença de mosquitos transmissores de doenças e seus criadouros (retirar recipientes que tenham água parada e cobrir adequadamente locais de armazenamento de água);
Proteção contra mosquitos, com portas e janelas fechadas ou teladas;
Uso de calça e camisa de manga comprida e com cores claras;
Denúncia de locais com focos do mosquito à prefeitura;
Mosquiteiros proporcionam boa proteção pra aqueles que dormem durante o dia (por exemplo: bebês, pessoas acamadas e trabalhadores noturnos);
Uso de repelentes indicados para gestantes.


Repelentes


Os repelentes de uso tópico, aplicado na pele, podem fazer parte dos cuidados contra dengue, chikungunya e Zika. A recomendação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária ) é clara: não há qualquer impedimento para a utilização desses produtos por mulheres grávidas, desde que os repelentes estejam devidamente registrados na Agência. As recomendações de uso descritas no rótulo de cada produto devem ser seguidas à risca. Os produtos à base de DEET não devem ser usados em crianças menores de dois anos. Entre 2 anos e 12 anos, a concentração máxima do produto deve ser de 10% e a aplicação deve se restringir a três vezes por dia. Alguns cuidados devem ser observados no uso:

Repelentes devem ser aplicados nas áreas expostas do corpo e por cima da roupa;
A reaplicação deve ser realizada de acordo com indicação de cada fabricante;
Para aplicação da forma spray no rosto ou em crianças, o ideal é aplicar primeiro na mão e depois espalhar no corpo, lembrando sempre de lavar as mãos com água e sabão depois da aplicação.
Em caso de contato com os olhos, é importante lavar imediatamente a área com água corrente.
Além do DEET, os princípios ativos mais recorrentes em repelentes no Brasil são utilizados em cosméticos: o Icaridin e o IR 3535, além de óleos essenciais, como Citronela. Embora não tenham sido encontrados estudos de segurança realizados em gestantes, estes princípios são reconhecidamente seguros para uso em produtos cosméticos conforme regulamentação do setor.

 

Em Sergipe

 

Em 2018, nesse período, foram registrados 20 casos confirmados, hoje, já existem 42. As notificações, que em 2018 foram 69, atualmente somam 182. Dos 75 municípios, 12 encontram-se com alto risco de infestação, o dobro do primeiro LIRAa do ano, e 40 municípios com risco médio e 20 com baixo risco. Três municípios não fizeram o levantamento ou não encaminharam os dados em tempo preestabelecido.

A diretora de Vigilância em Saúde, Mércia Feitosa, informa que o panorama é preocupante. “Em 2019 houve um aumento significativo das notificações, dos casos confirmados, e a ocorrência de casos de dengue grave, além de um óbito. E o LIRAa vem confirmar esse quadro. Dobrou o número de municípios com alto risco e nós renovamos o alerta: dengue é todo dia”, reforçou Mércia.

 

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Com informações do MInistério da Saúde e Agência Sergipe de Notícias

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